Algumas vezes na vida nos deparamos com alguém contanto uma situação que está vivendo e nos pergunta: “o que você acha que eu devo fazer?” ou “o que você faria no meu lugar?”.
Em geral respondemos assim: “em minha opinião, você deve ou pode fazer…”.
Quando respondemos com uma “opinião”, normalmente, não estamos fazendo bem a quem nos buscou por auxilio.
Opinião carrega o julgamento ou as premissas sobre o assunto que são nossas e não daquela pessoa que nos pediu ajuda. Quando respondemos a alguém com nossa “opinião” estamos nos tornando responsáveis pelas ações de nosso interlocutor e mais, deixando-o dependente de nós. Entretanto, quando “não dá certo” ouvimos: “fiz o que você disse e me dei mal”, e, às vezes, chegando até ao fim de uma amizade.
Acontece com certa frequência, também, de respondermos com nosso “conselho”. O “conselho” se baseia naquilo que conhecemos de nosso interlocutor. Em geral se diz: “…sabendo como você é, meu conselho é: faça tal coisa…”. Assim, nos tornamos corresponsáveis pelas ações de nosso interlocutor, e, novamente, podemos nos deparar com: “não deu certo” e suas consequências.
Então, o que dizer a alguém que nos pede ajuda com determinado assunto?
Certamente a melhor aproximação é aquela em que você reporta a seu interlocutor a forma “como você agiu em situação semelhante”. Você expõe as suas experiências e deixa que seu interlocutor decida o que fazer. Neste caso você não assume nenhuma responsabilidade sobre as ações de seu interlocutor e, mais que isso, ajuda-o a se tornar uma pessoa mais madura e segura para decidir seus caminhos.